a mais obscura.
O leitor é que tem às vezes,
em lugar de sol, nevoeiro dentro de si.
E o nevoeiro nunca deixa ver claro.
Se regressar
outra vez e outra vez
e outra vez
a essas sílabas acesas
ficará cego de tanta claridade.
Abençoado seja se lá chegar.
Eugénio de Andrade, Os Sulcos da Sede.
Há um ano demos início ao Centenário Eugénio de Andrade. Hoje, dia 19 de janeiro de 2024, encerram as celebrações oficialmente. No entanto, não ficarão para trás as palavras que nos deixou, sejam em prosa ou poesia, sejam elas obscuras ou luminosas, sejam elas cristal ou punhal. As palavras permanecem porque têm um significado maior juntas que cada uma delas separadamente.
Juntamos VOZ às palavras escritas, que herdámos de Eugénio de Andrade. Assim, semanalmente foi difundido um episódio dedicado ao poeta e escritor, na aplicação Anchor/Spotify, com a colaboração de membros da nossa comunidade educativa (alunos, professores, encarregados de educação, familiares e amigos). Encerramos este ciclo com um dia repleto de "podcasts" divulgados nas nossas redes sociais (Facebook, Instagram e Twitter).
No decurso do Centenário foram múltiplas as atividades e os projetos propostos pelo corpo docente aos seus alunos dos cursos de Língua e Cultura Portuguesas com o intuito de melhor conhecer Eugénio de Andrade e o seu vasto espólio literário e incentivar a leitura deste poeta maior. Reunimos alguns dos produtos dessas atividades na exposição que encerra as atividades abrangidas no Centenário Eugénio de Andrade.
A CEPE Suíça agradece o empenho e envolvimento de toda a comunidade escolar nesta comemoração das palavras.