Português Língua de Herança, uma língua de afetos


Nesta quadra festiva, os alunos dos cursos de Língua e Cultura Portuguesas de Nyon, de níveis A1 a B1 (1.º ao 5.º anos) abraçaram o projeto “Semear afetos”: 

  1. Elaboraram telas de Natal para oferecer às famílias ou a idosos institucionalizados em lares (da sua proximidade/preferência). Nesta atividade para além da componente criativa e lúdica, os alunos puderam aplicar o vocabulário apreendido (símbolos e motivos de Natal) ...
  2. Escreveram e enviaram cartas/postais para os avós e outros familiares. Também se envolveram na escrita/envio de cartas e de postais para idosos institucionalizados em lares (proximidade e/ou da sua preferência). 
  3. Os alunos do 5.º ano decidiram enviar postais/mensagens de Natal para os cientistas Filipa Bessa, Helena Trigueiro e Miguel Prudêncio, no âmbito do projeto Cartas com Ciência. 

Com base nas perspetivas que embasam a Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano de Bronfenbrenner (1979) estas iniciativas visam destacar a importância/influência dos ambientes ecológicos no desenvolvimento humano; e a necessidade de implementação de processos proximais, que ocorram nas diversas interações e contextos sociais (Escola, Família, Sociedade). Isto é: pretende-se, em síntese, favorecer uma atitude positiva face às relações humanas, à verbalização de emoções, ao autoconhecimento, à compreensão do(a) outro(a) e à empatia, no sentido mais lato. Assim, e enquanto profissional em Educação, acredito que iniciativas deste género possam reforçar as competências de verbalização de afetos/emoções junto das crianças e jovens, revelando-se igualmente férteis na luta contra fenómenos sociais de violência e intolerância. 


Sejamos, de facto, ativistas de afetos glocais (locais + globais)! 


Bronfenbrenner, U. (1979). Environments in developmental perspective: theoretical and operational models in Fredman & Watchs (1999). Recuperado a 05 de dezembro de 2019 de http://www.uncg.edu/hdf/facultystaff/Tudge/Bronfenbrenner%201999.pdf

Professora Elisabete Moreira