Arte e cultura portuguesas no Museu Ariana
Ao longo do mês de junho de 2025, o Museu Ariana, em Genebra, abriu novamente as portas à comunidade portuguesa para momentos de descoberta, aprendizagem e criação artística, no âmbito das atividades organizadas e apoiadas pela Coordenação de Ensino de Português na Suíça.
Três iniciativas distintas levaram alunos, professores e famílias ao emblemático Museu Ariana, conhecido internacionalmente pela sua coleção de cerâmica e vidro. Para muitos dos participantes, estas visitas e ateliers foram não só uma oportunidade de contacto direto com o património cultural, mas também um momento de reforço da identidade portuguesa e da partilha entre gerações.
Conheça aqui o registo das experiências vividas, contadas na primeira pessoa pelas professoras responsáveis por estas atividades:
**Prof.ª Paula Queiroz**
A turma do 3.º ano do C.O. do Cayla participou no Atelier de Criação de Azulejos, no Museu Ariana, no dia 14 de junho de 2025. Estiveram presentes 22 pessoas, entre alunos, pais e familiares. Todos se revelaram extremamente motivados e empenhados ao longo do projeto, dando largas à sua criatividade e expressão artística.
Os trabalhos realizados, em tons de vermelho e amarelo, falam por si. Todos os participantes consideraram a experiência muito positiva. A atividade destacou-se pela sua relevância cultural e impacto educativo. Foi uma experiência significativa, que reforçou a integração, a identidade cultural e o papel ativo da comunidade portuguesa em Genebra.
**Prof.ª Judite Correia**
Dia da criança, dia 1 de junho, ida ao Museu Ariana com alunos e pais para descobrir a exposição ExtraNature, de António Vasconcelos Lapa. Participaram alunos do 4.º ao 7.º anos. No total foram 14 alunos e 7 encarregados de educação.
Foi uma visita guiada em português do Brasil. Os alunos, intrigados por certas obras, colocaram perguntas à guia e gostaram do momento em que puderam tocar em determinadas obras de arte. No entanto, consideramos que este momento de “descoberta” deste mundo imaginário de “conto de fadas” foi curto (mais ou menos 30 minutos), pois estávamos à espera de ver muito mais.
**Prof.ª Helena Guerreiro**
Foi com grande interesse que participei com os meus alunos neste ateliê sugerido pela CEPE, Dra. Lurdes Gonçalves, no âmbito do projeto do Cantão de Genebra “Dispositif de reconnaissance symbolique des collectivités portugaises”. Inscrevi os alunos, partilhei informações com os pais e trabalhámos na sala de aula sobre a cerâmica portuguesa, com especial enfoque nos azulejos — a sua origem e locais onde se encontram em Portugal. No dia 7 de junho, visitámos o Museu Ariana, onde fomos calorosamente recebidos pelas ceramistas e pelo responsável do projeto, Valério Simoni, cujo profissionalismo e simpatia criaram um ambiente inspirador. Os alunos trabalharam com argila, sugeriram motivos da cultura portuguesa e desenvolveram competências sociais e linguísticas, em português e francês. Destaco ainda a exposição de cerâmica de António Vasconcelos Lapa e a mostra de vitrais “Post Tenebras Lux”, que encantaram o grupo. Foi uma experiência verdadeiramente enriquecedora de aprendizagem e partilha.