25 de Abril de 1974

3º e 4º anos, Wetzikon, Prof. Marília Fontela

Há 48 anos viviam-se momentos de incerteza, mas neste dia a liberdade saiu à rua e o país tomou um novo rumo.

A Revolução de 25 de abril de 1974 veio pôr fim a 48 anos de ditadura, opressão e isolacionismo, trouxe o fim da guerra e do colonialismo, estabelecendo-se um evento libertador também para outros povos. É por isso um marco da História de Portugal, uma data que não se pode apagar da memória e que importa ter presente. 

As salas de aula dos cursos de LCP na Suíça constituem-se espaços abertos para o conhecimento da língua portuguesa, mas também para a reflexão sobre os temas centrais da história e cultura do nosso povo. Os jovens estudantes dos diferentes níveis de ensino têm, assim, a oportunidade de conhecer a história dos acontecimentos que antecederam, marcaram e deram seguimento à Revolução dos Cravos.  É através do contacto com diversas fontes, como livros históricos, fotorreportagens, apresentações, canções, imagens, entrevistas e documentários que os alunos experienciam os acontecimentos abrilinos, compreendendo o significado da Liberdade e construindo a sua identidade cultural. 

25 de abril sempre! Viva a Liberdade!

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Sou português,
de alma e coração,
o orgulho e a paixão
devoram o meu coração

Romont 8ºano
Prof. Conceição Santos

Amar a liberdade
É respeitar a igualdade 
É estudar e valorizar
A Pátria Portuguesa  
Com grandeza

Romont 7º e 9º anos
Prof. Conceição Santos

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Liberdade

A liberdade

A liberdade, tão linda quanto proibida por alguns. Aos meus olhos, a mais importante é a liberdade de expressão Não, não é falta de respeito dar uma opinião oposta àquela dos outros, construtiva sem entretanto ofender, é o que se chama evoluir e ser uma democracia. 

A liberdade é um direito e uma riqueza, pois esta permite a variação e a diversidade de opiniões e ainda mais. Esta oportunidade, simbolizada no dia 25 de Abril com um cravo vermelho, em Portugal, foi e é dar voz ao povo. Todas as pessoas/Todos os indivíduos devem poder pensar e dizer o que lhes vai na alma ou ainda ser quem é sem ser constrangido à prisão ou ainda pior, ao céu. Salazar até 1974 proibiu este direito aos portugueses, o direito de serem pessoas com pés e cabeça, o direito de ser homem e mulher humilde ao seu país querendo-se exprimir. 

Como é óbvio a liberdade tem os seus limites, a nossa liberdade acaba onde as dos outros começa. Este direito deve ser respeitado para todos, poder dar a sua opinião ou ainda mais, ser quem somos não quer dizer faltar ao respeito ou denegrir alguém ou algo semelhante pelas suas diferenças. Pois a liberdade é uma forma de respeito, ouvir e entender o que os outros pensam, dizem ou são é respeitar a diferença e dar o respeito à voz e à opinião de alguém. 

A liberdade permite ser respeitado, porque as pessoas têm em conta a nossa opinião e isto dá-nos valor. A nossa palavra nunca deve ser negligenciada, todos temos uma opinião de valor, essa pode mudar ou influenciar outras opiniões e fazer mover algo no mundo. Para que o mundo seja melhor hoje em dia, o respeito deve ser uma ordem, sinonimamente a liberdade deve ser um direito em todos os países e em todas as conversas. 

Proibir alguém da sua liberdade é cortar-lhe os seus direitos irrevogáveis. 

Somos nós assassinos da liberdade ou heróis que protestam o valor da palavra de cada um de nós neste mundo?

Letícia Albuquerque Soares
Co Aubépine (Genebra)
Prof. Filomena Capa
Abril 2022

À busca da liberdade

 - Meu amigo, hoje vou contar-te o meu maior segredo, mas antes disso tens que me prometer que não o vais contar a ninguém.
 - Conta-me lá!
 - Sabes, eu sempre quis ser livre, mas nunca consegui… Acho que a nossa sociedade impede-nos de obter a liberdade. Quando eu falo do meu sonho com outras pessoas, elas dizem-me que eu sou ridículo, porque todos nós somos livres, mas eu sei que tu, meu amigo, não me vais dizer isso porque tu também sofres.
A liberdade para mim é o facto de podermos viver sem termos que ter medo das opiniões dos outros, é podermos fazer o que queremos com a condição de não incomodar ninguém. E, infelizmente, hoje estamos muito longe dessa realidade. Por exemplo, muitas pessoas dizem que as mulheres são livres, porque se podem vestir como elas desejam. Mas quando uma mulher põe uma roupa que não a cobre toda, ela terá sempre que ouvir que é uma provocadora. Isto para mim não é liberdade meu amigo. Por vezes, estas pessoas nem agem por mal, o único problema é que foram educadas de uma maneira diferente…
  - Então tu pensas que vem de um problema da educação?
  - Sim, por exemplo, tu amas uma pessoa do mesmo sexo que o teu e as pessoas acham isso anormal. Não te lembras, o outro dia, um velhote insultou-te de todos os nomes, porque estavas de mão dada com o teu namorado? Se desde pequeno, a escola tivesse ensinado que todos temos diferenças e que é importante aceitarmo-nos uns aos outros, aquele homem nunca teria reagido assim.
A maior parte das pessoas pensa que a homossexualidade é uma doença… AHAHAH!!! Dás-te conta até que ponto elas têm faltam de educação?
  - Tens razão, amigo, a vida para mim nunca foi fácil, os meus pais nunca aceitaram as minhas diferenças, então eu tive que me esconder durante muito tempo…
Mas, contudo, não me posso queixar, pois tenho sorte de viver em Portugal. Aqui a homossexualidade não é um crime como em outros países do mundo…
  - Sabes amigo, nós deveríamos criar uma página na internet, onde as pessoas pudessem ser livres, onde as pessoas que têm diferenças não fossem julgadas…
  - Isso é uma excelente ideia, também poderíamos publicar anúncios sobre diversos assuntos para continuar a educar as pessoas, como por exemplo: o racismo, as desigualdades entre os sexos, as diferentes orientações sexuais, normalizar o facto de ser gordo/ magro...
  - Não é por nada que somos amigos, eu sabia que podia falar contigo sem ser julgado!

Ruben Barcelos
12º ano CO Aubépine (Genebra)
Prof. Filomena Capa
Abril 2022