Parlamento dos Jovens - Secundário

Corria o mês de outubro, o ano letivo tinha começado há cerca de um mês. Ainda às voltas com uma planificação do ano letivo, passei pelo site www.jovens.parlamento.pt e vi o tema: as “fake news”, o seu combate e perigos para a democracia. Fui de aula em aula dando a conhecer uma atividade e um tema. Acabei convencendo duas turmas do ensino secundário e uma do básico. Uma atividade entrava na planificação e a aventura começava.

Entre todos os afazeres de alunos diligentes, lá encontrávamos um tempinho para abordar o tema da informação falsa, seja ela enganosa, manipulada, impostora ou fruto de más conexões e, o que mais interessava os alunos era a o facto de todos sermos potenciais vítimas das fake news. Escreveu-se sobre o tema, apresentaram-se medidas, elaboraram-se projetos de recomendação e fizeram-se eleições. Os jovens deram lições de cidadania: elegeram quem entendiam que tinha participado mais no projeto. Se assim fosse a nível nacional, talvez tivéssemos a certeza de que teríamos sempre os melhores na liderança do país. A possibilidade de ir a Lisboa à Assembleia da República era algo possível, mas, ao mesmo tempo, irreal e distante.

Mas a Assembleia da República estava mesmo ali à nossa frente: o que era um sonho, tornou-se realidade para o Tiago Alves da turma do Cycle du Renard e para a Lara Vicente da École des Palettes (ambas em Genebra). Os outros alunos participantes sentiram a aventura à distância dos relatos dos colegas, mas sentiram-se parte dela também.

Da minha parte, em Lisboa, tentei dar significado cultural àquilo que os sentidos dos dois alunos percecionavam durante um dia de deambulação pela Capital, qual Cesário Verde e, a cada momento, no Palácio de São Bento, tentei ajudá-los a “ler” a simbologia do poder político em Portugal, nomeadamente o testemunho patrimonial que nos revela características do exercício do poder desde o Liberalismo, passando pela Primeira República, pelo Estado Novo e pela Democracia herdeira da Constituição da República Portuguesa de 1976.

Essa aventura tem um nome: chama-se Parlamento dos Jovens e é organizada pela Assembleia da República que, a cada ano, abre as suas portas aos jovens de todo Portugal, diáspora incluída, ouve-os e mostra que é, de facto, a casa da democracia.

Professores e alunos, aproveitem!
António Carvalho

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