Centenário José Saramago

Assinala-se hoje o 99.º aniversário do escritor José Saramago, dando-se início às comemorações do seu centenário que se estenderão até dia 16 de novembro de 2022. Pode consultar o programa completo aqui.


José de Sousa, acidentalmente Saramago, não tivesse o funcionário do Registo Civil, por sua própria iniciativa, acrescentado a alcunha por que a família do pai era conhecida, nasceu no seio de uma família humilde, em Azinhaga do Ribatejo, uma pequena freguesia do concelho da Golegã.
Aos dois anos de idade muda-se com a família para Lisboa. No entanto, mantivera sempre, até à maioridade, o contacto com a aldeia e os avós maternos.


Foi um aluno exímio, mas, por falta de meios financeiros, os pais não o conseguiam manter no liceu, o que o obrigou a seguir o ensino profissional, onde durante cinco anos aprendeu o ofício de serralheiro mecânico. 


Em 1947 publicou o seu primeiro livro A Viúva que, por razões editoriais, viria a sair com o título Terra do Pecado. Seis anos depois, em 1953, terminava o romance Claraboia, publicado apenas após a sua morte.


Autor tardio e autodidata, José Saramago conseguiu ainda assim construir uma obra extensa e incontornável na literatura portuguesa e no mundo. Entre romances, poesia, teatro, literatura de viagem, contos, memórias, crónicas, diários, ensaios, literatura infantojuvenil e correspondência, a sua bibliografia conta com mais de 60 publicações. 


A sua obra foi distinguida em diversos países, com vários prémios, entre os quais se destacam o Prémio Luís de Camões, em 1995, e o Prémio Nobel da Literatura, em 1998.


Depois de receber o Nobel, viajou pelos cinco continentes, participou em conferências, recebeu graus académicos de várias universidades e participou ainda em ações reivindicativas pela luta dos direitos humanos e do meio ambiente, uma luita que a sua fundação, criada em 2007, dá continuidade. Lutou “pela consecução de uma sociedade mais justa, onde a pessoa seja prioridade absoluta, e não o comércio ou as lutas por um poder hegemónico, sempre destrutivas”.


Assista a este documentário da RTP, que retrata o seu percurso: 

Fonte: josesaramago.org (adapt.)

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