HELENA VIEIRA DA SILVA

Abril, mês que pôs fim à opressão e ao isolacionismo em Portugal, é dedicado à artista plástica portuguesa mais internacional de sempre, Maria Helena Vieira da Silva.


Nasceu em Lisboa, a 13 de junho de 1908, e cedo despertou para a pintura. Aos 11 anos estudou desenho e pintura na Academia das Belas Artes, em Lisboa, e interessou-se também por música e escultura. Mais tarde chegou a estudar anatomia na Faculdade de Medicina de Lisboa.


Aos 19 anos, muda-se com a mãe para Paris para continuar a estudar arte na Académie de la Grande Chaumière. Aí começou a carreira de pintora e conheceu o amor da sua vida, o também pintor Arpad Szenes, com quem viria a casar em 1930. Ao casar perde a nacionalidade portuguesa e as relações com Portugal complicam-se, pois, Salazar considerava Arpad Szenes um inimigo do regime, por ser húngaro, judeu e comunista. Eram ambos oficialmente apátridas. Mais tarde, em 1939, o casal mudou-se para Lisboa numa tentativa de reconciliação com Portugal e de obter a nacionalidade portuguesa, que lhes viria a ser negada. Sem escapatória, o casal emigrou para o Brasil, onde permaneceu durante a Segunda Guerra Mundial. Durante a sua estadia no país, a pintora apresentou os seus trabalhos em várias exposições, deixando a sua marca na arte brasileira, especialmente entre os modernistas.


Depois deste período mais conturbado, a artista regressa a Paris, onde é bem acolhida, naturalizando-se francesa, em 1956. Em França, a popularidade da sua obra é indiscutível, refletindo-se através dos vários prémios e condecorações que recebeu ao longo da sua carreira. Entre eles, foi a primeira mulher a receber o Grand Prix National des Arts, a 9 de dezembro de 1977.


A partir da apresentação da sua primeira exposição individual, em 1932, em Paris, tornou-se rapidamente numa das artistas abstratas mais famosas da Europa do pós-guerra. Viajou por todo o mundo (com mais intensidade na década de 50), participando em diversas exposições, e as suas obras fazem hoje parte de inúmeras coleções importantes em todo o mundo. Além da pintura, Helena Vieira da Silva dedicou-se ainda a vitrais, ilustrações de livros infantis, cenários de teatro, azulejos e à tapeçaria.


Um pedido muito especial da poetisa e sua grande amiga, Sophia de Mello Breyner Andresen, para retratar a Revolução de Abril, assinalou a sua reconciliação com Portugal, em 1975. “A Poesia está na Rua” e "Árvore da Liberdade" são os dois cartazes da sua autoria, imagens icónicas da Revolução dos Cravos que expressam através da arte a liberdade e a democracia.


Após a morte do marido, em 1985, Helena Vieira da Silva começou a idealizar a criação de uma fundação com a finalidade de promover a divulgação e o estudo da sua obra e da obra do seu marido. Este projeto concretizou-se com a inauguração da Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva no dia 4 de novembro de 1994, dois anos depois da morte da pintora (6 de março de 1992 em Paris).


Desafio Cartaz da Liberdade

Inspira-te na obra de Maria Helena Vieira da Silva e na Revolução de 25 de abril de 1974 e cria o teu Cartaz da Liberdade, atribuindo-lhe um título.

Teresa Küffer

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