Implantação da República

Quer o QERCL (2001) quer o CARAP (2012) enfatizam, nos processos de ensino e aprendizagem de uma língua, a necessidade de desenvolver saberes de dimensão cultural para a construção de identidades plurilingues e pluriculturais e para o enriquecimento pessoal e social dos alunos, enquanto mediadores entre culturas.
Considera-se, pois, importante que os alunos sejam “familiarizados com elementos simbólicos, identificativos do(s) país(es) cuja língua passa a ser objecto de estudo” (QuarEPE, 2011, p. 12), bem como fazer emergir a comunicação intercultural na educação linguística.
Neste sentido, os alunos dos Cursos de Língua e Cultura Portuguesas de Nyon, dos níveis A2 e B1 das docentes Elisabete Moreira e Teresa Silva, responderam a um plano de trabalho interativo, no âmbito da celebração da Implantação da República. As propostas didáticas encetadas pelas docentes visaram o alcance dos seguintes objetivos de aprendizagem:

- Identificar alguns antecedentes sociais, económicos e políticos que espoletaram a revolução do 05 de outubro de 1910;
- Averiguar alguns dos símbolos associados ao regime monárquico: o hino da carta e a evolução da bandeira ao longo do período monárquico;
- Distinguir o regime Monárquico do regime Republicano;
Conhecer a origem, evolução e significado das cores da bandeira da República Portuguesa;
- Reconhecer o hino nacional “A Portuguesa”;
- Compreender o alcance de algum vocabulário e expressões, presentes no hino nacional “A Portuguesa”;
- Identificar Portugal como uma República e uma Democracia;
- Nomear algumas das figuras da República: Presidente da República e o Primeiro-Ministro de Portugal...

Não obstante a complexidade dos objetivos de aprendizagem estabelecidos, as professoras, Elisabete Moreira e Teresa Silva, consideram que as estratégias de mobilização de saberes se revelaram produtivas na condução e alcance de objetivos de dimensão cultural e intercultural. De destacar, a predisposição dos alunos dos níveis A2 e B1 (4º, 5º e 6º anos) para a resolução dos desafios digitais, desenvolvidos na Web pelas docentes, como uma mais-valia instrucional e motivacional, quer do ponto de vista do contacto com os conteúdos quer ao nível das possibilidades de avaliação que nos são permitidas. 


Conseil d’Europe (2012). Le CARAP: Un Cadre de Référence pour les Approches Plurielles des Langues et des Cultures Compétences et ressources. Recuperado a 15 de outubro de 2020 de http://www.ecml.at/Resources/ECMLPublications/tabid/277/PublicationID/82/language/enGB/Default.aspx Freire, P. (2007). 

Grosso, M.J. (Coord.); Soares, A.; Sousa, F.; Pascoal, J. (2011). Quadro de Referência para o Ensino Português no Estrangeiro. Lisboa: Ministério da Educação, DGIDC.


Teresa Küffer

27/10/2020

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