Nadir Afonso

O artista do mês de janeiro é Nadir Afonso, conhecido por introduzir o geometrismo na pintura portuguesa. 

Nasceu a 4 de dezembro de 1920 em Chaves, Trás-os-Montes, e faleceu em Cascais, em 11 de Dezembro de 2013, com 93 anos. Passou a sua juventude no Porto, onde se formou em Arquitetura na Escola de Belas-Artes. Cedo mostrou aptidão para a pintura. Com apenas 19 anos apresentou, na sua terra natal, a sua primeira exposição individual. Foi pintor, arquiteto e um viajante infatigável. Viveu muitos anos em Paris, onde trabalhou com Le Corbusier e estudou pintura na Escola Nacional Superior de Belas Artes, e no Brasil, onde colaborou com Oscar Niemeyer. 

Embora não estivesse ligado a nenhum grupo dos surrealistas portugueses, optando por um caminho mais individualista, fez parte do grupo dos Independentes, juntamente com Júlio Resende e Júlio Pomar, entre outros. Nas suas obras, o Surrealismo manifesta-se tanto nas técnicas e nas formas como nos temas, com alusões a elementos do mundo mágico, mítico e onírico. 

Nadir Afonso considerava que a arte é puramente objetiva e regida por leis de natureza matemática, sendo um ato de observação, perceção e manipulação da forma. Ao longo dos vários períodos que o caracterizam como pintor as formas geométricas e a sua maneira de reproduzir o mundo vão alterando e evoluindo. Partiu de objetos geométricos, passando por ogivas e curvas, e chegou, por fim, à linha na sua demanda pela harmonia. 

O trajeto artístico de Nadir Afonso foi registado ao longo das dezanove publicações assinadas por si. Esse e outros espólios encontram-se conservados, na sua maioria, no Museu Nadir Afonso, da autoria de Siza Vieira, em Chaves. 

Nadir Afonso é uma das grandes figuras da pintura portuguesa deste século. Obteve vários prémios, nomeadamente o Prémio Nacional de Pintura e o Prémio Amadeo de Souza-Cardoso, e distinções.
 
Desafio:
Transforma uma fotografia ao estilo Nadir Afonso, usando o geometrismo.
Vê o exemplo: